domingo, 13 de abril de 2008

A BORDO DO GRANDE NADA.


Esta é a capa do número 19 da colecção Valerian, O Agente Espácio-Temporal. Em Portugal ainda (e este "ainda" reflecte esperança) não foi publicado. A Editora ASA decidiu publicar logo o número 20, ao mesmo tempo com a Dargaud. Não teria sido mais lógico lançar primeiro o número 19, uma vez que é este o início da estória e do novo ciclo dos nossos heróis? Com certeza que haverão razões para tal, no entanto escapam àqueles que são os clientes habituais da ASA. A falta de contacto com os seus leitores/compradores é tamanha que não se consegue perceber como é que hoje em dia ainda consegue, uma Editora tão grande como a ASA, funcionar! O site da ASA não favorece a procura de títulos, por estarem agrupados em categorias que só a eles farão sentido e as news-letters não trazem qualquer informação sobre BD – com excepções feitas às intermináveis reedições do Astérix e do Lucky Luke. Quando é que as editoras Portuguesas com BD nos seus títulos vão deixar de maltratar os amantes do género?! Eu só pedia uma coisa à responsável pela edição de BD na ASA: Por favor diga-nos o que é vai fazer – tentar fazer – este ano, e porquê. Gostaria certamente de fazer mais perguntas…talvez a aborde, educadamente, por mail e lhe peça para gentilmente responder, com a devida autorização de colocar aqui neste humilde Blog.

Já tendo desabafado sobre a ASA, volto-me agora para o que me trouxe a este post: O Valerian.

Em Portugal estão por editar o número 19 e, em álbum, o número 0 (zero) “Les Mauvais Rêves”. Este número 0 foi, no entanto, publicado na primeira série das Selecções da BD (números 26 – 28; de Junho a Agosto de 1990). Já há muito tempo abordei a Meribérica sobre esta lacuna; foi-me respondido que não faria muito sentido editar um número que já tinha tido publicação. Fiquei atónito! E então todos os outros publicados na Tintin, Selecções? Já não me querendo referir a outras ilustres publicações mais antigas. Espero que a ASA reponha a justiça a esta grande série. Também não seria mal pensado editarem o “Pelos Caminhos do Espaço”, já publicado pela Meribérica na colecção 16x22.
As fotos são da Amazon.fr, porque ainda não tenho um scanner como deve ser! A minha máquina de fotografar é boa, mas o fotógrafo não...como se pode ver pela imagem do post anterior.


16 comentários:

Nuno Amado disse...

Tambem já postei e comentei sobre isso... as incongruências do departamento de BD da ASA são tantas, que não dá para entender...
É que se podia fazer muito melhor com os recursos e poder que eles têm, editorialmente falando. Mas enfim, tenho esperança que eles reponham a serie no seu bom curso!

Nuno Amado disse...

O meu grande problema é que não entendo patavina de francês...
(embora seja bom para a minha carteira!)
:-)

refemdabd disse...

Eu vi o post, daí ter-me inspirado para este. É verdade, caro Bongop, inspiração é mato no teu blog. Irei fazer um post a elogiar, não é que precises ;-)o "Leituras de BD e não só", para além de dar-lhe o nome de Blog Pai, poi sem o teu este de certeza que não tinha aparecido. Os blogs de BD, em geral, ou são demasiados pretenciosos (com criticas à critico e com gostos de BD à altura também), ou são demasiados profundos com "Too much information". Não quer dizer que não sejam bons...quem sou eu para afirmar que não o sejam! Mas o teu é curto e grosso, pra além de ser extremamente útil ao ajudar a malta nas nossas leituras: metade da minha bedeteca dos últimos meses devem-se a sugestões tuas. O meu não pretende ser tão bom, mas talvez lá chegue um dia.

Quanto ao Francês: também não sou nenhum francófono, mas felizmente, e à força da Meribérica e agora da ASA, dá para o gasto. Se fosse melhor, então precisava de outro emprego.

Anónimo disse...

E o verdadeiro problema é o amadorismo editorial patente + de 20 anos na bd(S) de qualquer tipo,é por isso que a busca pelo "messias da bd Portuguesa" sera sempre eterna e infrutifera,mas claro,os editores são são sempre "santos" os coitadinhos(como o caso da vita e da outra com a sua distribuição pavorosa),mas que sempre vão buscar a parte dele,sim porque eles não editam essas bds para nos agradar os "nossos" egos-
é mais facil culpar os distribuidoras,que servem de bodes espiatorios.

Grimlock

Anónimo disse...

"A Editora ASA decidiu publicar logo o número 20, ao mesmo tempo com a Dargaud. Não teria sido mais lógico lançar primeiro o número 19, uma vez que é este o início da estória e do novo ciclo dos nossos heróis?"

lolo,se fosse outra editora ja estava tudo bem,a ASA faz co-ediçoes e queixam-se,da tiragem(ela pede desculpa pela tiragem de B.m. em co-edição ser 2 ou 3 vezes maior que as das vossas favoritas,sabem como é quem pode pode,quem não pode faz o favor de não atrapalhar),da distribuição excessiva,etc

Grimlock

Anónimo disse...

A Asa tem toda a razão em não editar coisa nenhuma. Faria o mesmo. Não há mercado.
Os leitores de BD preferem comprar nostalgias aos vigaristas do Miau.pt e de um site do norte cujo nome omito.
Até o Bongop anda metido nisso a vender um mero livro de 12 euros por 42.
Entre comprar livros à Asa ou à VitaminaBD, vamos todos comprar velharias ao DeanSteveBowie por valores ridículos e ridiculamente exagerados (tipo 99,99 euros).
São todos uns cromos.
Os bedéfilos têm o que merecem.

refemdabd disse...

Bem, aqui temos alguém que se queimou com o Miau. Embora eu de certo modo até concordar que no Miau abusem um bocadinho, "to say the least", do comprador, acho que cada um é livre de aceitar, ou não, o preço pré-definido; é a tal estória da lei da oferta e da procura...só compra quem quer!
Quanto ao Miau, acho que abusam sériamente das visões muito únicas e particulares das classificações do estado de conservação dos álbuns; também abusam dos portes, desconhecendo as tarifas dos correios (aqui não sei de quem será realmente a culpa!). Abusam das classificações "raro"...he-he-he! Como é que é raro um álbum que está a ser vendido por três pessoas ao mesmo tempo (A Longa Marcha) e aparece tipo todos os Meses?! Como é que têm a lata de pedir 70 Euros por ele?! Aqui releio o que escrevi: só licita quem quer...é verdade. Outro álbum: A Bola Negra, raro?! Por favor...
Também já comprei no Miau e paguei muito dinheiro por um álbum (Algernon Brown, 35 Euros; já o via a sair por 72), por que quis...ninguém me obrigou e fiquei satisfeito! Já lá comprei a vendedores muito bons, isto é, com bom senso na classificação do estado de conservação, rápidos, sem abusarem dos portes. Também já apanhei uns chico-espertos que têm a mania que sabem muito (mais que os outros), ábeis do "como novo" que deveria era ser "velho, usado e sem-vergonha"; amadores armados em profissionais e profissionais que gostam de se chamar de amadores...mas com muita experiência, claro! ;-)

Enfim...acho que o pessoal gasta o que gasta por um álbum porque as Editoras não reeditam, porque o mercado é fraco e etc! A ASA, com o Público, perdeu a oportunidade de fazer baixar os preços em dois títulos do Spirou, por exemplo. Mas também acredito que não baixaria assim tanto, pois eu sou coleccionador e preferia sempre ter a primeira edição.
Eu acho que o bedéfilo não merece o que têm...acho que merecemos que nos acarinhem, nos mimem, e nos deêm o que queremos (mas não vamos ter): dezenas de álbuns por ano. :-)

Nuno Amado disse...

Grim , eu não admito que mintas a meu respeito! Eu não tenho nenhum album à venda por 42 € !!! Mais, todos os que arranjares a 12€ eu compro! Todos! Como a tua incompetência é grande não sabes que o preço habitual do nº 5 da série Passageiros do Vento-Ébano é esse... para além do mais tu não tens nada a ver com aquilo que eu compro ou vendo, mas posso dizer que para conseguir um livro que me faltava em determinada colecção tive de adquirir toda a serie dos passageiros! Agora tu estás a mentir e eu não te admito isso, portanto é lógico e moral que me peças desculpa! Se não pedires desculpa não passarás de um mentiroso perigoso, isto para não te chamar outro nome. Mais uma vez não tens nada a ver com a minha vida (felizmente), ou com aquilo que eu faço, não te estou a prejudicar com a minha venda de usados, mas tu estás a prejudicar-me a mim fazendo preços mais altos do que aqueles que eu tenho lá!
Pedro desculpa, mas eu tinha de dizer alguma coisa!

Nuno Amado disse...

Já agora agradecia que não fosses cobarde e quando falares no meu "nome" fá-lo no meu blog, não no blog dos outros, onde eu poderia nem ver que me tinhas ofendido ...

Anónimo disse...

"Grim , eu não admito que mintas a meu respeito! Eu não tenho nenhum album à venda por 42 € !!! Mais, todos os que arranjares a 12€ eu compro! Todos!"

Não sou eu,é alguem a fazer-se passar por mim

Grimlock o verdadeiro

refemdabd disse...

Caro Nuno, não tem problema algum. Servem estes comentários, também, para responder à altura a quem se insurge contra nós. Opiniões contraditórias são sempre saudáveis de se discutir; quando alguém se refere a nós com opiniões mais cáusticas, abrasivas ou difamatórias, sou da opinião que devem logo ser rebatidas e postos em sentido quem as profere. Como diria o Automatix ao filho dele: "deve-se bater no ferro enquanto este está quente...aliás, deve-se bater em tudo enquanto está quente.".

Desta vez, o caro Grim, que é normalmente o mais polémico nos seus comentários (e que traz uma certa centelha de interesse, ou vida, aos comentários - porque é sempre um exercício interessante rebatê-lo), é que levou por tabela! Porque se ele diz que não foi ele, não haverá dúvidas que não foi.

Posto isto, creio que seria de bom-tom, a quem deixasse aqui, ou noutro Blog, um comentário, se identificasse com um nick para o efeito e assumisse as acusações ou insinuações.

Caro Grim, para evitares tabelas, cria um mail no gmail com o teu nick (tipo Grimlock@gmail.com; se já existir põe um número à frente) e envia o comentário com login à tua conta gmail.

refemdabd disse...

Mais:

Por utilizar o mail da minha esposa (mulher-maravilha), insinuaram que eu teria laivos de travesti, he-he-he!!! Levei na boa onda, mas claro que não poderia deixar de fazer um comentário mais sério...mas com um sorriso nos lábios!ÁH, e quem insinuou, identificou-se...o que é de bom-tom, e de isso ninguém, eu, o posso acusar.

Bongop, quando dizes que poderias não ler os comentários no meu Blog...não faças isso! Lê sempre o meu meu Blog, por favor. :-)

Nuno Amado disse...

Pedro
Quando eu digo que não venho ver comentários, foi em relação a postes mais antigos, onde eu já tenha comentado e eu pense que já não haja mais desenvolvimentos! Isso é normal de acontecer!
;-)

Anónimo disse...

Caro Grim (o falso) obrigado por divulgar o meu nick. E obrigado tambem pela quantidade de aberrações que acabou de dizer, pois se acha que os preços que pratico com as minhas "velharias" (nao vendo so BD, e os 99,99€ eram relativos a uma peça de mobiliario antigo, que diga-se de passagem, estava a um preço ridiculamente baixo comparativamente aos moveis do IKEA, fabricados em serie, e que nao tem qualquer utilidade como objectos de colecção, nao desfazendo a marca sueca, claro).
Aproveito tambem para lembrar que tenho uma loja de antiguidades no centro de Lisboa que poderá visitar. A morada esta divulgada em varios sites.
Outro pormenor em relação ao Bongop, a quem mando os meus cumprimentos e subscrevo tudo o que disse, que me conhece e sabe que não falho em termos de qualidade pois ja me comprou varios albuns de BD e pagou um preço alto por eles, que ele sabe que eram justos. Tal como é MAIS que justo os 42€ que pede pelo Nº5 dos Passageiros do Vento. Se temos albuns acabados de lançar à venda por 25€ ou mais (repito: acabados de lançar) porque motivo é que albuns da decada de 60 ou 70 nunca reeditados nao podem atingir o dobro do valor quando ja nao se encontrar em lado nenhum. La porque aparecem 2 ou 3 vendedores a despachar o Longa Marcha ao mesmo tempo, isso nao significa que na livraria da esquina o vá encontrar. Estes vendedores sao profissionais, com excepções, claro, que vivem da procura e venda de objectos raros. Um abraço a todos os bedefilos e coleccionadores.

DeanSteveBowie

refemdabd disse...

Caro DeanSteveBowie, não é costume de ninguém que fez comentários há já um ano, ir novamente ao "local do crime" passado tanto tempo. Como eu sou o dono do blog, recebo uma notificação sempre que alguém faça um comentário.
Como não gosto de deixar quem quer que seja sem uma resposta, aqui vai:

Antes de mais, bem-vindo ao Reféns da BD, espero que seja visita assídua (se bem que eu ande na preguiça e não faça nada há já mais de um mês).

A sua resposta, bem merecida a quem lhe fez alguns comentários bem cáusticos (para não dizer desagradáveis), é um direito que eu defendi (e que sempre defenderei) já com o Bongop e agora consigo. Tenho pena que quem os fez não a venha ler (com quase toda a certeza, pois já passou quase um ano), o que é pena. Também tive pena de quem fez esses comentários mais infelizes não tenha tido a honestidade de se ter identificado, causando até alguma celeuma com um outro utilizador conhecido por comentários abrasadores (mas este último sempre se identificou e nunca foi, que eu saiba até à data, rude com quem quer que seja).

Como eu também defendi a minha opinião sobre alguns tipos menos sérios no mundo do alfarrábio (e não me referia a si, sejamos claros, pois até já lhe adquiri alguns álbuns, e tudo sempre correu muito bem), mas reitero a minha opinião: a lei da oferta e da procura reina também nos alfarrabistas, e ninguém é obrigado a comprar a não ser que queira. É um facto inabalável.

Quanto ao meu comentário sobre a suposta raridade de certos álbuns, talvez seja uma questão de perspectiva ou relatividade. Os exemplos que dei, continuo a dizer, não são raros para mim. Tenho contactos com alguns coleccionadores e sempre que foi preciso arranjar-lhes algum destes álbuns foi muito fácil fazê-lo. Não foram "baratos" (atenção às aspas; explicarei melhor no próximo parágrafo), é verdade, mas, como já disse, só os compraram por esses preços porque o quiseram (lá está “o mercado”). Também é verdade que nunca foi na "livraria da esquina" que os encontrei; foi sempre num alfarrabista especializado.

Existem de facto, pois está claro, álbuns raros ou muito difíceis de obter (mesmo nos alfarrabistas especializados). "Os Pássaros do Senhor"; "Que Realidade Papá"; "O Corpo de Algernon Brown"; "A Revista do Bebé"; álbuns da Camarada, e muitos, muitos outros. Mas "A Bola Negra" e "A Longa Marcha" (1ª edição) não se encontram entre eles, convenhamos e sejamos frontais.
Mas, no seguimento, concordo plenamente quando diz "Se temos álbuns acabados de lançar à venda por 25€ ou mais (repito: acabados de lançar) porque motivo é que álbuns da década de 60 ou 70 nunca reeditados não podem atingir o dobro do valor quando já não se encontrar em lado nenhum.". Por tal, até não acho que 25 Euros pelo "A Longa Marcha" seja caro. Mas dai até chamá-lo de "raro" vai um bom caminho. Mas talvez seja uma questão de semântica: difícil, esgotado, raro? Talvez eu também seja muito exigente...mea culpa.

Depois insurgi-me quanto às classificações de estado de conservação dos livros. Fica sempre ao critério de cada um a consideração do estado de conservação, quando deveria haver um género de tabela homogénea para todos, para que não hajam surpresas.

Tive algumas vezes (poucas, é verdade, e felizmente) a desagradável surpresa de comprar álbuns ditos "como novos" e de facto estarem velhos e usados (com autocolantes de bibliotecas; esfacelados nas capas; páginas amarelas e com forte cheiro a mofo; com bigodes pintados nos personagens; etc.). Álbuns esses adquiridos a ditos amadores da modalidade, mas quem mantêm vendas constantes e feedbacks de mais de um milhar (para mim são profissionais, mesmo que não seja essa a principal profissão dos sujeitos). Mais grave foi, quando confrontados, nunca tenham por iniciativa própria se oferecido a restituir o dinheiro ou a substituir o álbum por outro. Ainda mais grave, quando finalmente levaram uma "boca" no feedback (mesmo quando positivo, pois não sou "réptiliano") ajam como uma desonestidade intelectual tamanha que logo verifiquei não serem pessoas de bem. Remédio santo: perderam um cliente que lhes dava por mês uma avença certinha e de bom valor (mais de 150 euros). Ainda tiveram o desplante de me acusarem de mau pagador, quando nunca lhes faltei.

Nunca foi o seu caso, convenhamos dizer, fazendo justiça às boas relações que sempre tive consigo.

Hoje pouco frequento o Miau, pois faltam-me tão poucos álbuns (editados em Portugal) na minha colecção que prefiro procurá-los (por gozo pessoal) por meios mais antigos. Quando adquiro algo no Miau faço-o quase sempre em nome de um ou outro amigo que não se quer dar ao trabalho de se inscrever no site. Não é só no Miau que existirão maus “profissionais” ou Profissionais. Tenho uma experiência de 10 anos em sites internacionais, pois também colecciono comics Norte-Americanos, e foi necessário começar a comprar a “profissionais” Portugueses num site Português para ter os meus primeiros dissabores.

Abraço

Anónimo disse...

bom comeco